sábado, 4 de dezembro de 2010

Eu


Me sinto mais um na multidão
arrastado entre meus pensamentos,
confusão
marejo entre vidas e conhecimentos
coração e pensamento
aurora e esquecimento
quero gritar
deixe-me ir
preciso me encontrar
mesmo que tenha que cair
eu vou continuar
preciso viver pra me salvar
sentir , sofrer e curtir
sair dessa redoma de vidro
recuperar o tempo perdido
vou restaurar o espírito
quero rasgar o que já foi escrito
com tudo isso só tenho um desejo de verdade
liberdade é o que deseja meu espírito
pois como já disse a voz
liberdade liberdade abre as asas sobre nós

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Na janela


Pela janela vejo o mundo perfeito
sem guerra, sem dor, sem medo
parece ate que foi refeito
pensei um pouco e vi,
vi a guerra do poder pra nos tornar miséria
vi o fogo devastar a terra
vi quão suja é a nossa matéria
vi a ignorância que no homem berra
vi matarem pra não morrer de fome
vi também aqueles que o orgulho consome
vi o ódio, a dor, o poder do renome
me falta esperança em crescer
me falta fé no viver
essa viajem me fez muito aprender
se a natureza vence o fogo
porque a ignorância não podemos vencer
assim nos dar melhor com a guerra
só nos podemos salvar a terra
tornar mais bela nossa esfera
sempre ensinar os mais novos
e realizar intercâmbio cultural entre todos os povos
assim tornar menor as distancias da terra
pois é de batalha em batalha que se vence a guerra

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A Flor e o Canhão



Foi assim que nasceu a canção
para cantar o dia da flor vitoriosa
que sobrepõe o canhão
para mostrar, do homem, não a força vigorosa
e sim sua compaixão
é por isso que não cessa a luta meu irmão ?
é só porque o tanque ainda destroi o chão
então cantemos, honremos, demos as mãos
andemos em frente, afrontemos o canhão
lutemos, pela paz, lutemos pra armas nunca mais
vivermos para limpar o que sujaram la traz
mas sei que desde que a luta começou não se finda mais
por isso faço como Geraldo Vandré, e ponho no coração
caminhando e cantando e seguindo a canção

quarta-feira, 2 de junho de 2010

viva e deixe crescer


reaja, alma de criança
antes que te roubem a infancia
reaja, não se deixa sufocar
revela este desejo em seu paladar
desejo esse de gritar
enquanto ha tempo pra viver
é preciso dizer,
não quero crescer, só quero viver
deixa-me ser robo
deixa essa criança sentir dor
para que melhor possa viver o amor
deixa eu brincar de bola, jogar ciranda
enquanto meresta tempo para ser criança
deixa-me crecer para que tão bela figura
quanto são meus irmãos eu possa ser

quarta-feira, 31 de março de 2010

menina



És tu que traz a esperança é você que me faz querer fazer parte da dança
foi por você que cresci , deixei der criança
com você meu coração bate mais forte
e pela primeira vez chego a ter medo da morte
pois morrer significa ficar sem você
mais de pois de tudo que nos aconteceu
ainda queres que meu coração seja teu ?
mas agora não sei como mais sei que um amor por outra cresceu
agora resta saber qual deles floresceu.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Rascunho
















sou, sou eu sim
sou escravo da verdade
no quilombo da poesia
que a muito deixou de ser vazia
preenchida por amizade amor e alegria,
fera da selva do pensamento,
que se prende aos mais puros sentimentos
da palavra verdadeira
que venha nesta hora derradeira
mostrar me sua maneira
mostra me a essência guerreira
do negro quilombola
mostra-me a ginga que embola
pois acho que foi agora
cantada a revolução de outrora
mostra-me agora
o caminho pelo qual devo ir embora
mostra me que na verdade sou rascunho
de uma carta iniciada a muito
escrita por outros a próprio punho
deixa-me ser criança mas por favor
guia-me nesta dança

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Esperança




















Fui a inôcencia da criança
Fui eu a falta de andança
Fui Burro por não saber
Mais fui sábio pra aprender
Fui desatento pra esquecer
Mais fui esperto pra poder ver
Fui eu vontade de crescer, fui na verdade
Vontade de ser de viver
De tanto fui agora sou, sou histórias contadas ontem, hoje, agora
sou pedaços de tempos vividos em outrora,
com fraguimentos de auroras
e e minhas esperanças de amanhã
que espero seja novo de novo,
e quando ecoa um grito no povo, feliz ano novo
Me vem um surto de esperança
ai volto, volto e volto a ser criança,
envolvido nesta dança, por isso dança,
assim a vida parece ter menos intemperança
é nessa hora que entre mim e o povo aparece uma leve semelhança
é que pra todos nós o combustível da vida é a esperança