domingo, 8 de outubro de 2017

Pássaro de Alvorada



Quem pela face me julga
Não sabe onde posso chegar
Quem me crítica na fuga
Não sabe o caminho que vim a trilhar
Quem não me olha na alma
Não tem direito de beber meu vinho
Pois mesmo sozinho
Nesse meu cantinho
Solitário nunca vou estar
Tenho cicatrizes, rugas e estrias
Marcas de ver o tempo Passar
Sou pássaro de alvorada
Pois com cada novo dia
Me desperta a energia
Pra poder continuar
Pois eu tenho uma caminhada
E não há nenhuma palavra que vá me desorientar
Pois só eu sei os meus passos
Sei o valor de cada abraço
E o preço de cada embaraço
Que a vida achou por me dar
Pra mim isso foi tudo aprendizado
Por isso agora é passado
É cinza e não brasa
Vento nenhum faz voltar a queimar
E antes de voltar a estrada
Não julgue minha caminhada
Se meu sapato você não quer calçar