domingo, 20 de julho de 2014

Sem-mente



Esse eu, que tem tão pouco de mim
tão cheio de você,que não tem nada de meu
não se reconhece mais assim
acuado, abatido, aflito esse não sou eu
esse rosto não e meu
algo aqui morreu, algo que era tão mim
mais agora só tem gosto de seu
de dono dos meus caminhos 
a sombra do que um dia viveu
sepultado dentro dos meus olhos
uma luz que já brilhou
coração que já lutou
hoje memorias póstumas de um menino
quase sem futuro, cercado por um muro
que ele colocara em seu próprio destino
mais uma luz a de brilhar novamente
e fazer germinar a bendita semente
essa a unica que nunca morreu dentro do menino